Enquanto isso no blog ao lado...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Assiduidade

- Mulher, você precisa escrever mais no seu blog. Dar um certo valor a periodicidade, sabe?

- Saber eu até sei, mas não consigo!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Barack Osama

Na televisão a notícia da vez era a Convenção Democrata e a indicação oficial de Barack Obama como candidato do partido à presidência dos Estados Unidos. No meio da matéria meio filho senta ao meu lado no sofá e diz:

- Mãe, sabia que eu não gosto desse homem?

E eu sem entender nada:

- Não gosta, filho?! Mas por quê?

Ele todo sério, fazendo pose de quem já sabe das coisas, emendou:

- Porque ele está envolvido em muitas guerras. Eu vi na TV.

Achando graça, mas tentando não demonstrar, expliquei que Barack Obama e Osama Bin Laden eram duas pessoas diferentes. Imagina o nó que isso deve ter dado na cabeça do bichinho.

Experiências Insones Vazias

Ultimamente ando sem sono, muito sem sono... Fico acordada enquanto todo o resto da casa dorme e, sem muita coisa para fazer, passo horas inventando atividades. Leio, navego, vejo TV e, para variar um pouco, ontem testei uma nova atividade: descer e observar a madrugada.

Sentada, na frente do prédio, conheci uma árvore que nunca tinha visto antes e percebi que posso ver quando os carros chegam no calibrador do pneu no posto mais próximo. No mais, o silêncio menos silencioso que eu já ouvi.

Alguém passava por perto carregando algo em um carrinho de mão que rangia quase como as portas do restaurante que se fechava atrás de mim. Alguns carros iam e vinham e um motor de moto roncou diferente.

Pessoas conversavam ao longe e, de vez em quando, uma música parecia surgir do nada toda vez que a porta do pub vizinho se abria para que alguém saísse.

No meio de tudo isso, uma mulher muito nervosa gritava ao telefone algo sobre provas, processos e telefonemas anteriores. Algo como um cancelamento não efetuado ou alguma conta não quitada.

Antes do próximo som, vi ao longe um homem chegar com sua barulhenta bicicleta. Ele passou na minha frente, fez a volta próximo e, sumiu atrás de outro prédio. Enquanto ele sumia, resolvi voltar para casa.

Subindo as escadas ainda pensei em qual seria a próxima música do pub ou em qual seria o fim da conversa com o atendente de telemarketing, mas já estava perto demais para voltar. Entrei e fui me deitar.

Diante da (in)utilidade da experiência cheguei a uma conclusão: preciso voltar a dormir!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Virundum próprio

Depois de muito tempo sem tomar ritalina isso sempre acontece... Os posts vão rareando, rareando e, de vez em quando, eu lembro que tenho um blog que não é o de cinema, onde posso postar tudo que me vem à cabeça.

Hoje alguma coisa me fez lembrar de um virundum - quando a gente escuta uma música, acha que sabe a letra e canta uma coisa completamente diferente sem a menor noção do que está realmente sendo dito - que marcou a minha história.
Sei lá porque, mas de noite a minha filha estava rindo no quarto e eu perguntei o que era, ela disse que estava em uma comunidade do Orkut onde as pessoas contavam as letras de música completamente diferentes do que eram no original.
A idéia já estava na cabeça e aquilo mais parecia um sinal de "escreva!"

Vamos à história:
Estávamos eu e minha filha voltando da escola dela quando começa a tocar no rádio a mais nova música dO Rappa. Todo mundo sabe que se existe uma música boa para a gente entender errado o que o cara diz, ela tem grandes chances de ser do Falcão, o vocalista da banda O Rappa.
Enchi a boca para cantar o refrão, que era a única parte que eu conhecia da música:

- ♫Arte Yemambáaaa...

- O que, mãe?
- Arte Yemambá, filha...

Falei com tanta segurança que ela ficou por alguns segundos com o olhar meio perdido, possivelmente pensando que cantava errado, mas querendo saber o porquê daquilo.

- ...É uma arte indígena muito antiga.

Na explicação, devo ter vacilado em algum momento, pois ela explodiu numa sonora gargalhada.

- Que é? Vai dizer que você entende o que ele está cantando?
- Atirei-me ao mar?
- Ah...

E fiquei eu com cara de tacho, olhando para frente e querendo chegar logo em algum lugar para esquecer daquilo. Mas a história rodou a família, os amigos e virou até toque de celular para as minhas chamadas...
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