Quem é você de verdade, quando ninguém, nem mesmo você, está prestando atenção?
São tantas máscaras vestidas e retiradas diariamente que, provavelmente, você já nem se lembre muito bem.
Há aquelas que sua mãe e seu pai querem que você vista para te proteger do mundo, da frustração deles mesmos e aquela que você usa para eles tentando se aproximar de todos os desejos dos dois.
Há as máscaras dos relacionamentos. Todas elas e cada uma que você moldou e foi remendando ao longo de uma paquera, um namoro, um casamento.
Há máscaras para que os filhos não vejam defeitos e fraquezas, para que o chefe te enxergue mais confiável e eficiente. Para os amigos, que precisam te ver cada um de uma maneira diferente; para os vizinhos, que muitas vezes você não queria ter; para o porteiro que te vê chegar em situações e sair em momentos que não precisavam ser testemunhados e também para cada um dos seus parentes próximos, parentes distantes e agregados.
É algo tão imanente a você, tão parte da sua personalidade que já é impossível dizer onde uma começa e a(s) outra(s) termina(m). E, por mais que você não queira, ela está lá até quando você se olha sozinha no espelho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário