"Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me torna pequeno e mesquinho,
que me amarra,
que não me deixa ser direto e franco,
que me persegue,
que ocupa negativamente minha imaginação,
que sempre pinta visões sombrias.
No entanto não quero levantar barricadas por medo
do medo.
Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não
para encobrir meu medo.
E, quando me calo, quero
fazê-lo por amor
e não por temer as
conseqüências de minhas
palavras.
Não quero acreditar em algo
só pelo medo de
não acreditar.
Não quero filosofar
por medo
que algo possa
atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me
só
porque tenho medo
de não ser amável.
Não quero impor algo aos
outros
pelo medo
de que possam impor algo a mim;
por medo de errar,
não quero
tomar-me inativo.
Não quero fugir de volta para
o velho, o inaceitável,
por medo de não me sentir
seguro no novo.
Não quero fazer-me de
importante
porque tenho medo
de que senão poderia ser ignorado.
Por convicção e amor,
quero
fazer o que faço
e
deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o
domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que
existe em mim."
Rudolf Steiner
O saber juntar palavras é uma arte. Todos nós sabemos... Alguns, como eu, produzem muito, mas têm vergonha de mostrar. Essa é uma tentativa de liberação. Será que vai?
sábado, 15 de agosto de 2015
As boas e as más sortes
"Repousam no fundo da minha alma, as boas e as más sortes.
O que de bom, diariamente, me aflui, quero aproveitar,
nisso se mostra o que os Deuses fizeram de mim;
O que de grave, às vezes, me aflui, quero suportar,
nisso se me mostra o que eu mesmo posso fazer por mim.
Agradeço à minha boa sina como vivo agora;
Agradeço ao meu vigor na má sina:
a força que pode conduzir-me subindo na vida.
Quem crê que só a boa sina promove, acaba por se curvar à má sina,
esse não vê o ano, mas somente o dia.
Há um Deus dentro de mim, há um mundo ao meu redor.
Se estiver ouvindo o mundo, ao meu Deus ouço melhor."
Rudolf Steiner
O que de bom, diariamente, me aflui, quero aproveitar,
nisso se mostra o que os Deuses fizeram de mim;
O que de grave, às vezes, me aflui, quero suportar,
nisso se me mostra o que eu mesmo posso fazer por mim.
Agradeço à minha boa sina como vivo agora;
Agradeço ao meu vigor na má sina:
a força que pode conduzir-me subindo na vida.
Quem crê que só a boa sina promove, acaba por se curvar à má sina,
esse não vê o ano, mas somente o dia.
Há um Deus dentro de mim, há um mundo ao meu redor.
Se estiver ouvindo o mundo, ao meu Deus ouço melhor."
Rudolf Steiner
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